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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Detido chefe da máfia calabresa


A polícia italiana prendeu o líder de um dos clãs na máfia da Calábria, região ao Sul do país. Giovanni Tegano, 70 anos, estava foragido desde 1993 e aparecia na lista dos 30 fugitivos mais perigosos do país. De acordo com a polícia, ele foi preso próximo à cidade de Reggio Calábria, na noite de segunda-feira. Condenado à revelia à prisão perpétua por assassinato, ligações criminais e tráfico de armas, acredita-se que Tegano seja um importante membro do Ndrangheta, o mais poderoso grupo criminal da Itália.

Fonte: A Notícia

quarta-feira, 14 de abril de 2010

CRIME ORGANIZADO NA HOLANDA - A MÁFIA ITALIANA NOS PAÍSES BAIXOS

A primeira incursão da máfia italiana na Holanda ocorreu em 1974, quando um grupo de mafioso americano viajou para a capital da Holanda, Amsterdã, para colher informações sobre a jogatina no país. Liderados pelos mafiosos Vincent "Jimmy Blue Eyes" Alo, importante integrante da família Genovese e Dino Cellini, tenente do chefão judeu Meyer Lansky.

Vincent "Jimmy Blue Eyes" Alo

Dino Cellini

Meyer Lansky

Nas décadas de 50 e 60 a jogatina na Holanda operou secretamente longe dos olhos da sociedade. Os dirigentes das casas de jogos criaram vários mediadas para manter longe a policia, Sementes as pessoas certas conseguiam entrar nesse mundo fechado. Na década de 70 os crimes relacionados ao trafico de heroína tomou conta das leis holandesas e o jogo saiu das sombras.

O homem quem comandou o jogo em Amsterdã foi Maurits de Vries, nascidou em 1937 em Utrecht. De Vries era proprietário de vários clubes de jogatina e bordeis no Wallen, e era conhecido por ser um cara extremamente durão, mas com um coração de ouro. De Vries finalmente entrou em contato com os mafiosos americanos e a parceria foi feita.

Maurits de Vries
O primeiro investimento da máfia foi de $ 1 milhão de dólares para a construção do Casino Cabal, que abriu em 1976.Cabal foi o primeiro casino profissional em Amsterdã, foi administrado por Dino Cellini.

Na década de 80, a máfia hesitou no começo, mas investiu mais $ 5 milhões em um novo casino, idéia de De Vries, o Clube 26, que era muito maior e mais luxuoso do que o Cabala,e isso alertou a máfia que ficou desconfiada com a magnitude do empreendimento, e ela estava certa.A policia deu uma batida no casino.

Em 1983, tanto o Cabala e o Club 26 foram destruídos por um incêndio onde morreram 13 pessoas. A partir desse acontecimento De Vries entrou em decadência e seu império outrora poderoso ruiu. . Em 1986, De Vries morreu de causas naturais.

Em 1970 a organização criminosa baseada em Roma, Banda Della Magliana, também se estabeleceu na Holanda, precisamente em Utrecht, que fugiam das autoridade italianas, achando assim a Holanda um país seguro.

A Holanda também é conhecida como sendo uma importante rota de drogas para a máfia italiana. Rotterdam é o maior porto do mundo e de devido à sua posição central na Europa Ocidental, Países Baixos, é uma base perfeita para levar droga para dentro e através da Europa.

Recentemente, dois mafioso do alto escalão foram detidos na Holanda, Filippo Cerfeda e Sebastiano Strangio. Cerfeda era chefe de um clã Sacra Corona Unita e estava foragido e foi preso em Ridderkerk na primavera de 2003. Strangio era um chefe da 'Ndrangheta, foi preso em 2005.

fonte: http://gangstersinc.tripod.com/MafiainTheNetherlands.html

quarta-feira, 7 de abril de 2010

EXECUÇÕES - COSA NOSTRA - EUA

Algumas das execuçõe famosas da Cosa Nostra Americana.




No dia do assassinato e hoje em dia.
Local do Assassinato do Mafioso Joe Gallo em 1972

Thomas Bilotti, Sub-Chefe da Família Gambino - 1985


Benjamim "Bugsy" Siegel, criador do Hotel Flamingo em Las Vegas

Willie Moretti, Sub-Chefe da Família Genovese de 1937 -1951

Sam Giancana, Chefe da Máfia de Chicago de 1957 - 1966

Carmine Galante, Chefe Interino da Famíla Bonanno de 1975 - 1979

Paul Castellano, Chefe da Família Gambino e Capo di tutti capi de 1976 - 1985

Angelo Bruno, Chefe da Família Mafiosa de Philadelphia de 1959 - 1980

Albert Anastasia, Chefe da Família 1951 - 1957


sexta-feira, 2 de abril de 2010

CRIME ORGANIZADO NOS ESTADOS UNIDOS: O MASSACRE DO DIA DE SÃO VALETIM


Na manhã de 14 de fevereiro de 1929, Dia dos Namorados (Dia de São Valentim), os corpos de seis membros da quadrilha de "Bugs" Moran e mais Reinhardt H. Schwimmer foram encontrados caídos ao lado de um muro da garagem da SMC Cartage Company (Rua North Clark, 2122) no Lincoln Park, Chicago, no Lado Norte da cidade. Eles tinham sido assassinados com vários tiros, provavelmente por criminosos comandados por Al Capone, tanto locais como provavelmente por pistoleiros de fora da cidade. Dois homens que estavam com uniforme de policiais de Chicago foram vistos na garagem na hora do crime, confome testemunhas. Uma das vítimas encontradas agonizante, Frank Gusenberg, quando perguntado sobre quem o havia baleado, respondera: "I'm not gonna talk - nobody shot me" ("Eu não vou falar - ninguém me baleou"). Foram contado 14 ferimentos de bala em seu corpo. Capone tinha saído de férias para a Flórida.

Al Capone e George "Bugs" Moran

A hipótese mais aceita é a de que o massacre foi o resultado do plano da quadrilha de Capone para eliminar Bugs Moran, que se tornara o chefão da Quadrilha do Lado Norte após substituir Dion O'Banion, assassinado cinco anos antes. Jack McGurn foi o principal suspeito de ter chefiado o crime. O massacre teria sido planejado por Capone por várias razões: como retaliação por uma tentativa mal-sucedida de Frank Gusenberg e seu irmão Peter de matarem Jack McGurn no começo do ano, a cumplicidade do Lado Norte no assassinato de Pasqualino "Patsy" Lolordo e Antonio "The Scourge" Lombardo, e a concorrência de Bugs Moran no contrabando de bebida nos subúrbios da cidade.

Foi aceito que os homens do Lado Norte foram à garagem com a promessa de dividir as cargas de uisque de Detroit fornecidas pela Purple Gang. Contudo, mais recentemente foram aventadas outras hipóteses: Observou-se que todas as sete vítimas (exceto o mecânico John May) estavam vestidas com suas melhores roupas, o que sugeriu que pretendiam viajar com os caminhões para buscarem as bebidas. O motivo verdadeiro para o crime, nunca foi conhecido.

Quatro homens que estavam na entrada do prédio, dois vestidos como policiais, foram quem atiraram em Moran e seus comparsas. Antes da chegada de Moran, Capone usara dois pistoleiros não indentificados em salas alugadas no armazem do outro lado da rua, para fazerem a vigilância.


Local dos assassinatos

Por volta das dez e meia da manhã, quatro homens chegaram ao armazém em dois carros: um Cadillac sedan e um Peerless, ambos com aparência de carros de detetives. Dois homens vestidos de policiais e dois com roupas civis. A gangue de Moran foi ao armazem, mas Moran não teria entrado. Foi dito que Moram se aproximara do local, mas parara ao avistar os carros e saiu dali. Outros diriam que Moran chegara atrasado e por isso não foi morto.

Os pistoleiros teriam confundido alguns dos homens da garagem como sendo Moran e outros da quadrilha (principalmente Albert Weinshank, que tinha a mesma altura e lembrava Moran). Foi dado o sinal para que os pistoleiros entrassem no armazem. Os dois falsos policiais, carregando metralhadoras, sairam do Peerless e entraram no prédio por duas portas. Lá dentro eles encontraram os comparsas de Moran, um sexto homem chamado Reinhart Schwimmer, que não era reconhecido como um quadrilheiro, e John May, mecânico de carros que provavelmente prestava serviço aos bandidos. Os assassinos ordenaram que os homens ficassem em linha junto à parede. Aparentemente não houve resistência, pois devem ter acreditado tratar-se da polícia, fazendo uma exibição para saírem bem nos jornais do dia seguinte.

Então os dois policiais abriram a porta que dava para a Rua Clark e os outros dois do Cadillac entraram. As rajadas começaram, vindas de sub-metralhadoras Thompson. Foram contadas setenta cápsulas das armas.

Alertados pelos latidos de um cão, os moradores chamaram a polícia. O cão de John May, Highball, além de Frank Gusenberg, eram os únicos sobreviventes. As fotos do crime foram tiradas por Jun Fujita e publicadas no Chicago Daily News.




As vítimas:

  1. Peter Gusenberg, um assassino de Moran.
  2. Frank Gusenberg, o irmão de Peter Gusenberg e também outro assassino. Morreu três horas depois da chegada da polícia.
  3. Albert Kachellek, conhecido como "James Clark", o braço direito de Moran.
  4. Adam Heyer, o contador e chefe administrativo de Moran.
  5. Reinhart Schwimmer, acompanhante dos quadrilheiros mas não era na verdade um deles.
  6. Albert Weinshank, quem limpava o terreno para as operações de Moran. Provavelmente confundido com Moran.
  7. John May, um mecânico legalizado que tinha mulher e sete filhos, o que provavelmente o levara a aceitar serviço dos bandidos.
As investigações

Primeiramente a Polícia de Chicago fora apontada como autora do massacre, mas os 255 detetives não puderam ser incriminados. Então os investigadores foram atrás da Purple Gang, pois era sabido que eles forneciam as bebidas para Moran. Apenas os irmãos Keywell foram mantidos como suspeitos de participação no crime. Uma semana depois do massacre, o Cadillac foi encontrado desmanchado e parcialmente queimado em uma garagem. Esta ficava próxima do Circus Café, de propriedade de Claude Maddox, um bandido de St. Louis, Missouri e aliado de Capone.

Os detevives descobriram conexões com os Egan's Rats daquela cidade e chegaram a anunciar que Fred "Killer" Burke e James Ray eram os dois bandidos disfarçados de policiais. Esses dois eram conhecidos por usar desse artifício para enganar as vítimas. A polícia indicou Joseph Lolordo como um dos atiradores. O irmão dele, Pasqualino, tinha sido morto recentemente pela quadrilha do Lado Norte. Outros suspeitos apontados pela polícia foram John Scalise e Albert Anselmi, além do próprio Jack McGurn e Frank Rio, o guarda-costas de Capone. John Scalise foi assassinado antes do julgamento e Jack McGurn manteve o álibi graças ao testemunho de sua namorada Louise Rolfe (que ficou conhecida no folclore dos gângsters como "Blonde Alibi" ou "O Álibi Loiro").

O caso ficou parado até 14 de dezembro de 1929, quando os policiais do Condado de Berrien invadiram o bangalô de “Frederick Dane” em St. Joseph (Michigan). Dane aparecia como o proprietátrio do carro dirigido por Fred "Killer" Burke. Burke estava bêbado e colidira com outros veículos na frente de uma delegacia. O policial Charles Skelly tentou pará-lo e foi atingido por um disparo, morrendo pouco tempo depois.

Quando a polícia foi a casa de Burke, eles encontraram títulos que tinham sido roubados de um banco em Wisconsin, duas sub-metralhadoras, pistolas e munição. Foi determinado que as metralhadoras eram as do massacre. Burke foi preso um ano depois, numa fazenda no Missouri. Ele foi julgado pela morte de Skelly e sentenciado à prisão perpétua. Fred Burke morreu na cadeia em 1940.

Consequências

O Massacre marcou o declínio do poder criminoso de Moran. Ele conseguiu manter o controle do seu território até o início dos anos de 1930, até que foi sucedido por Frank Nitti. O governo federal também passou a acompanhar as atividades de Capone. Em 1931, Capone foi condenado poe evasão de impostos e ficou preso por 11 anos. Jack McGurn foi assassinado em 15 de fevereiro de 1936. Teorias apontam como suspeitos Bugs Moran ou Frank Nitti, com quem McGurn mantinha negócios.

Revelações de Bolton

Em 8 de janeiro de 1935, os agentes do FBI invadiram um apartamento em Chicago, na rua North Pine Grove, 3920, usado por membros da Quadrilha Barker-Karpis. Depois de um curto tiroteio, o ladrão de bancos Russell Gibson foi morto. Foram presos Doc Barker, Byron Bolton e duas mulheres. No interrogatório as mulheres não sabiam de nada sobre Ma Barker, mas Bolton se mostrou um grande conhecedor de crimes. Ele fora atirador da Marinha e membro da Egan’s Rats. Trabalhara por anos com Fred Goetz de Chicago, bandido conhecido como “Shotgun George” Ziegler. Byron participara de muitos crimes dos Barker e foi quem contou sobre o esconderijo na Flórida de Ma e Freddie Barker (assassinados pelo FBI uma semana mais tarde). Bolton continuou a contar o que sabia e surpreendeu os agentes ao dizer que tomara parte do Massacre de São Valentin, juntamente com seus parceiros Goetz, Fred Burke e outros.

O FBI (que não tinha jurisdição sobre aquele caso) tentou manter segredo das revelações de Bolton até que o jornal Chicago American publicou uma segunda versão da "confissão" do bandido. O jornal anunciara a solução do crime por J. Edgar Hoover e o FBI. Bolton tinha declarado que o assassinato de Bugs Moran tinha sido planejado em “outubro ou novembro” de 1928 num resorte em Couderay, Wisconsin, de propriedade de Fred Goetz. No encontro estavam Goetz, Al Capone, Frank Nitti, Fred Burke, Gus Winkeler, Louis Campagna, Daniel Serritella e William Pacelli. Os homens ficaram duas ou três semanas, caçando e pescando enquanto planejavam o crime. Bolton falou que os assassinos seriam na verdade Burke, Winkeler, Goetz, Bob Carey, Raymond Nugent e Claude Maddox (quatro atiradores e dois motoristas). Bolton disse que ninguém usava uniforme da polícia. Bolton disse que se enganara ao pensar que Moran estava com os homens, o que deixou Capone furioso, ameaçando-o de morte. Teria sido dissuadido por Fred Goetz.

Suas declarações foram corroboradas pela viúva de Gus Winkeler, Georgette, em suas memórias que foram publicadas em quatro partes numa revista de história de detetives no inverno de 1935-36. A Senhora Winkeler revelou que seu marido e os comparsas formavam uma equipe especial usada por Capone para trabalhos de "alto risco". William Drury, um detetive de Chicago que tinha ficado no caso, também acreditou em Bolton. O ladrão de bancos Alvin Karpis disse ter ouvido que Ray Nugent falara sobre o massacre e que os “American Boys” (o apelido da equipe especial de Capone segundo Georgette) recebiam 2.000 dolares por semana mais gratificações. Karpis também disse que Capone contara que Goetz fora quem planejara o massacre.

Apesar do depoimento de Byron Bolton, nenhuma medida foi tomada pelo FBI. Todos os homens que foram implicados, exceto Burke e Maddox, já estavam mortos em 1935. Os historiadores ainda estão divididos sobre a execução do crime pelos “American Boys”.

Outros suspeitos

Durante anos, muitos mafiosos de Chicago e de fora, foram nominados como participantes do massacre. Dois principais suspeitos foram os capangas de Capone, John Scalise e Albert Anselmi; ambos eram assassinos violentos e frequentemente eram apontados como sendo os atiradores. Nos dias que se seguiram ao crime, Scalise foi ouvido dizendo ser ele "O homem mais poderoso de Chicago”. Ele tinha assumido recentemente o cargo de vice-presidente da Unione Siciliana, cujo presidente era Joseph Guinta. Scalise, Anselmi e Guinta foram encontrados mortos numa rodovia de Hammond, Indiana, em 8 de maio de 1929. Pelo folclore foi contado que Al Capone descobrira que o trio planejava traí-lo. No clímax de uma jantar em sua homenagem, Capone bateu com um bastão de basebal e decidiu matar o trio.

Albert Anselmi

John Scalise

Uma adição recente à lista de suspeitos foi o nome de Tony Accardo, um motorista de vinte e dois anos de Jack McGurn. Muitos anos depois, Accardo teria contado que tomara parte do massacre (conversa ouvida numa escuta do agente do FBI William Roemer). Historiadores não acreditam que ele fora um dos atiradores. Outro suspeito foi o futuro chefe da máfia Sam Giancana, então com vinte anos e membro da 42 Gang. Giancana foi preso nos dias que seguiram ao massacre, mas não foi confirmada sua efetiva participação.

O informante da máfia de Nova Iorque Dominick Montiglio disse no livro Murder Machine que seu tio Anthony 'Nino' Gaggi, obrigado por seu tio Frank Scalise, tinha sido um dos assassinos do massacre. Isso mostra que o massacre continua a interessar as pessoas nos dias atuais. Inclusive há especulações de que Capone na verdade era inocente.

As armas do massacre

As duas sub-metralhadoras Thompson (números de série 2347 e 7580), encontradas na casa de Fred Dane (isto é, Fred Burke) em Michigan, foram examinadas pelo perito em balística Calvin Goddard que determinou que as mesmas foram usadas no massacre. Uma das armas também fora usada no assassinato do chefe da máfia Frankie Yale em Nova Iorque, que confirmou a teoria de que Burke e por extensão Al Capone, foram responsáveis pelo assassinato de Yale.

A metralhadora 2347 tinha sido registrada em 12 de novembro de 1924 por Les Farmer, um ajudante de xerife de Marion, Illinois. Marion e a área ao redor eram disputadas pelas facções da Quadrilha dos Irmãos Shelton e Charlie Birger. Farmer tinha documentado que a arma ficara com os Egan’s Rats de St. Louis. No começo de 1927 a arma já estava de posse de Fred Burke e possivelmente foi usada em Detroit, no Massacre de Milaflores em 28 de março de 1927.

A metralhadora 7580 foi vendida pelo proprietário Peter von Frantzius para Victor Thompson (também conhecido como Frank V. Thompson). Atualmente, ambas as armas estão de posse da Polícia do Condado de Allegan.



Fonte: Wikipédia